sexta-feira, 11 de julho de 2008

Dimensões da Personalidade


Psicólogos descobriram que dezoito mil adjetivos relacionados à características de personlidade em um dicionário da língua inglesa podem ser ligados a uma dessas cinco dimensões de personalidade:

1)Aberto a novas experiências até sem muita curiosidade.
2)Sensível ao sentimento dos outros até totalmente sem escrúpulos.
3)Extrovertido até introvertido.
4)Costuma concordar até gosta de discordar, antagonizar.
5)Exageradamente preocupado até estável, calmo.

Faça uma escala de 0 a 5 para cada "lado" de cada uma dessas dimensões sendo um zero único no meio e trace seu perfil. Depois peça a alguem próximo que faça o mesmo procedimento em outra folha marcando na escala valores, levando em conta como ele ou ela lhe percebe e compare os resultados.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Cidadania

Nunca se falou tanto sobre cidadania, em nossa sociedade, com nos últimos anos. Mas afinal, o que é cidadania?

Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, “cidadania é a qualidade ou estado do cidadão”, entende-se por cidadão “o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado, ou no desempenho de seus deveres para com este”.

No sentido etimológico da palavra, cidadão deriva da palavra civita, que em latim significa cidade, e que tem seu correlato grego na palavra politikos – aquele que habita na cidade. A história da cidadania confunde-se em muito com a história das lutas pelos direitos humanos. A cidadania esteve e está em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformam frente às dominações arrogantes, seja do próprio Estado ou de outras instituições ou pessoas que não desistem de privilégios, de opressão e de injustiças contra uma maioria desassistida e que não se consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe nega a cidadania plena cuja conquista, ainda que tardia, não será obstada.

Numa sociedade cada vez mais individualista sente-se uma urgência de repensar no termo cidadania. Perante os desafios e as problemáticas atuais impõe-se uma tentativa de resolução coletiva. É o momento de repensar qual é o nosso papel na sociedade, como de alguma forma podemos contribuir para uma mudança.
É preocupante o panorama atual, a baixa participação em associações, e o desinteresses pela vida política. Os políticos tentam se perpetuar nos seus cargos, os indivíduos a cada dia que passa torna-se silente diante de tamanho descalabro. Ser cidadão passa por ser agente de mudança, não se limitar a ser um espectador passivo da realidade que o circunda, é uma forma de encontrar uma forma de viver juntos tendo sempre presente o objetivo principal: o bem comum.

No Brasil, os primeiros esforços para a conquista e estabelecimento dos direitos humanos e da cidadania confundem-se com os movimentos patrióticos reivindicativos de liberdade para o País, a exemplo da inconfidência mineira, canudos e outros. Em seguida, as lutas pela independência, abolição e, já na república, as alternâncias democráticas, verdadeiros dilemas históricos que custaram lutas, sacrifícios, vidas humanas.
Um dos grandes problemas no Brasil, além da impunidade e a corrupção endêmica, é a má distribuição de renda, onde “muitos têm poucos e poucos têm muito”. É necessário salvaguardar não só a participação na sociedade, tomando com isso uma postura, transformando em uma filosofia de vida.

Exige uma resposta do dia-a-dia, ditada pelos valores da nossa sociedade, exige responsabilidade de cada um sendo esse interesse de todos. Não podemos esperar que estas transformações sejam feitas por outros, cada um tem de dar o seu contributo.
Na sociedade de futuro precisamos de cidadãos com mais capacidade, com mais conhecimentos para discutir e se defender. Sendo o panorama atual um mosaico cultural, para quebrar a fragmentação da sociedade devemos respeitar os valores, a cultura, a religião de cada um. Assim o multiculturalismo se tornará numa riqueza, neste sentido a redescoberta da cidadania deve permitir que cada um encontre o seu lugar, fala-se de “cidadania mundial”. Cada pessoa se torna um cidadão do mundo com deveres e direitos. Esses direitos como a igualdade, a segurança, o educação, enfim as condições mínimas de vida.
Assim a contribuição de cada um, possibilita a esperança de uma sociedade mais igualitária, onde o cidadão tem de ser consciente das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que é a coletividade, a nação, o Estado, para cujo bom funcionamento todos têm de dar sua parcela de contribuição. Somente assim se chega ao objetivo final, coletivo: a justiça em seu sentido mais amplo, ou seja, o bem comum.

‘Quanto menos nos sentirmos limitados, mais qualquer limitação parece insuportável’

(Durkheim )

Em todo o mundo, os problemas sociais produzem-se e reproduzem-se, sem término. Quando transformados em problemáticas sociais, os mesmos, ganham contornos sisudos, sérios e ameaçadores. Os cenários multiplicam-se e somam-se vivências tenebrosas, enigmáticas e ocultas a todo o corpo colectivo.

Torna-se difícil abstrairmo-nos da acção colectiva contraditória que combina alguns princípios da sua identidade: sintomaticamente depressiva – leia-se psicopática e sociopática. Se no primeiro caso, as disfunções psíquicas, neuróticas e emocionais são uma consequência da destabilização relacional intra e intergrupal, no segundo caso os desvios comportamentais e os procedimentos ilimitados de foro colectivo dão corpo à ‘anomia social’, ou seja, ao desenquadramento normativo, valorativo e simbólico, dado o não ordenamento e ajustamento dos diferentes órgãos sociais, à condição de integração social. Com efeito, a condição de existência reprova todo o actor social (aquele que vive inserido numa espécie de ‘teatralização da vida quotidiana’, pelo desempenho múltiplo de um conjunto de papéis ou funções – ‘todos nós’) que se rende à crise social e ao desmoronamento do seu papel integrador na sociedade, podendo conduzi-lo a práticas comportamentais de egoísmo, suicídio, auto-mutilação ou inquietação interior, conhecida por ‘esgotamento cerebral ou depressão neurótica’.

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Suicídiologia (SPS) suicidam-se, anualmente, cerca de 600 pessoas, em Portugal e à volta de 24000 desencadeiam pseudo-comportamentos suicidas, surgindo, neste último caso, a necessidade de atendimento médico. Afinal, ‘o que é se entende por suicídio?’. Na óptica sociológica, não é possível falar de um único tipo de suicídio, pelo que a análise, em torno deste problema público, se entende ‘multifactorial’. Diversos teóricos e analistas apontam que o suicídio pode surgir na sequência de uma oculta e exacerbada individuação, não havendo em cada um dos elementos um código normativo fixo, pelo que a autoridade moral lhes é indiferente; outros estudiosos apontam como principal causa para o suicídio o facto do indíviduo não encontrar em si mesmo qualquer tipo de limites e a sociedade não ser capaz de constituir um poder de dominação das carências individuais. No primeiro caso, falamos de ‘suicídio egoísta’, já no segundo de ‘suicídio anómico’ (Durkheim).

Por conseguinte, o risco de cada um dos indivíduos despertar em si uma ‘rebelião’ interior é cada vez mais provável, dada a complexa sintomatologia, em torno deste problema social: perturbações de humor, ansiedade, inibição, quebra no rendimento intelectual, reduzida actividade física ou intelectual e pensamentos auto-destrutivos.

Neste sentido, uma sociedade composta por um conjunto de elementos desorganizados constitui uma verdadeira ‘monstruosidade social’, devido ao predomínio de um aparelho social desactualizado e atrofiado seja na mente humana, seja em corpo social.


quarta-feira, 9 de julho de 2008

Psicoterapias

Análise Transacional (AT)

Uma técnica criada pelo psiquiatra norte-americano Erick Berne no inicio dos anos 60. O diferencial da AT é o seu pragmatismo, e seu modelo de personalidade, desenvolvimento e relacionamento, que enfoca as transações ocorridas entre as pessoas. A AT é muitas vezes vista erroneamente como uma simplificação excessiva da psique.

Arteterapia

É uma forma de terapia que utiliza recursos expressivos, artísticos e vivenciais com o objetivo de facilitar o autoconhecimento e a comunicação do cliente.

Psicodrama

Muito parecida com o teatro, esta psicoterapia foi desenvolvida por Jacob Levy Moreno (1889-1974). Sua linha de ação é o desempenho dos vários papéis por parte do paciente em seu cotidiano. A visão antropológica moreniana do homem é de um ser inacabado em contínuo processo de criação. O desenvolvimento humano acontece por uma longa série de “integrações vinculares” iniciadas na matriz de identidade com seu átomo social e sua rede sociométrica.

Psicologia Analítica

Considerada por muitos um sistema, a Psicologia Analítica foi criada por C. G. Jung. Apesar de possuir muitos aspectos em comum com a Psicanálise, Jung acentua a importância do simbolismo cultural e arquetipico na formação da personalidade.

Psicologia Humanista - ATUALIZADO

O termo 'Psicologia Humanista' é uma designação genérica para uma série de teorias psicoterápicas que acentuam a responsabilidade do homem em relação a sua atitude perante a existência.

Programação Neurolingüística

A PNL é um modelo de comunicação e comportamento que enfatiza o papel da linguagem na determinação de nosso estado físico e psicológico. Teve como criadores os americanos Richard Bandler e Jonh Grinder.

Psicoterapias Corporais

Para esta psicoterapia, nossas emoções possuem um correlato físico, tornando-se necessário o contato com o corpo, juntamente com a verbalização, para desfazer os nós da armadura muscular do caráter. Wilhelm Reich foi o iniciador deste amplo movimento.

Logoterapia

Também conhecida como análise existencial, a Logoterapia é uma corrente psicoterápicas criada por Viktor Frankl que focaliza a necessidade que o indivíduo tem dar um sentido a sua vida.

Psicoterapia Familiar

Corresponde a uma serie de psicoterapias que são centradas nos problemas interativos das crises de relacionamento de casal ou no interior da família. Diga-se de passagem: todos os problemas têm a família como origem ou instância mantenedora.

Cognitiva

Sistema de terapia cujo princípio básico é de que as cognições (pensamentos, crenças, interpretações) de um indivíduo frente a situações influenciam suas emoções e comportamentos. O terapeuta atua sobre as cognições, a fim de alterar as emoções e comportamentos que as acompanham.

Psicanálise

A psicanálise muitas vezes é confundida com o objeto de estudo da psicologia. Saiba mais sobre esta difundida e tradicional corrente criada por Sigmund Freud.

Acompanhamento Terapêutico

Não é propriamente uma teoria de psicoterapia, mas um modo de atuação do psicoterapeuta. De maneira resumida, consiste na articulação que é feita pelo psicoterapeuta fora do setting, acontecendo no contexto em que o paciente vive. A principio utilizada nos casos mais graves de ajustamento social vêm sendo também utilizada nos demais casos como um fator potencializador do processo psicoterápico.

Psicoterapia Comportamental

Esse é o nome dado à abordagem que se fundamenta no Behaviorismo Radical de Skinner. Ela se caracteriza por se preocupar com a comprovação científica de seus procedimentos. O terapeuta comportamental investiga vários aspectos do comportamento (motores, afetivos, cognitivos) e busca estabelecer relações deste comportamento com as condições físicas e sociais em que estes ocorrem.

Valmiro Filho


O meu nome é Vamiro Filho, tenho 28 anos e sou graduando em Psicologia, pela Faculdade da Cidade do Salvador. O objetivo deste espaço é a possibilidade de debater temas relativos à área da Psicologia de interesse não só dos colegas da área, mas do público em geral. um grande abraço.
Email: valmirofilho1981@gmail.com