domingo, 15 de agosto de 2010

II FAC (Fórum de Análise do Comportamento da Faculdade da Cidade) - Codapsi



Venha participar do II FAC (Fórum de Análise do Comportamento da Faculdade da Cidade), onde teremos a oportunidade de discutir através de mesa-redonda, palestras sobre a ótica da Analise do Comportamento diversos temas da Psicologia.
Em uma abordagem comportamental, exploraremos múltiplas possibilidades de lidar com diversas questões por meio de casos clínicos, seguindo as vertentes trazidas pelas teorias, assim como usufruindo das técnicas e intervenções por eles sugeridas e discussões a respeito da formação do Terapeuta Comportamental.
Lembre-se: as vagas são limitadas.
Inscreva-se já! Divulgue e recomende a possíveis interessados!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Curso: O Código do Ser: por uma psicologia do sujeito

"O código do ser: por uma psicologia do sujeito" é um curso baseado na obra do analista junguiano James Hillman (O código do ser) e visa compreender o sujeito através do caráter, da sua prórpria alma, seu daimon pessoal, buscando a valorização das características pessoais para além das patologias e das análises técnicas reducionistas a genéticas, comportamento e ambiente.

Data: 14h e 15 de agosto de 2010.
Horário: dia 14 das 14h às 18h e dia 15 das 09h às 13h
Local: Maxcenter, sala 413 - Itaigara, Salvador-Ba
Informações: vinicius_fdc@yahoo.com.br / (71) 8817-5810 / valmirofilho@yahoo.com.br
Investimento: 40,00 reais

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Diferença entre abordagens e áreas da Psicologia

Vejo que muita gente não sabe diferenciar o que seja Abordagem do que seja Área de atuação em Psicologia. Percebo isso em situações como quando pergunto: "já tem preferência por alguma abordagem?" e obtenho como resposta coisas como: tenho sim, gosto mais da escolar. Tentarei, portanto, explicar brevemente aqui a diferença entre Abordagem e Área de atuação da Psicologia.
Quando falamos de Abordagem, estamos falando de um cojunto de idéias, concepções ou teorias sobre como o ser humano funciona. Cada abordagem é dotada de 1) uma concepção de homem; 2) teorizações sobre como o homem funciona, as quais partem de sua concepção de homem; 3) métodos ou técnicas que funcionam como "ferramentas" para intervir nesse funcionamento do ser humano.

Exemplos de abordagens são: Psicanálise, Análise do Comportamento, Cognitivo-Comportamental, Sistêmica, Psicodrama, Fenomenologia, Humanista, Esquizo-análise, Sócio-histórica; cognitiva; entre diversas outras. Existem mais de 200 abordagens em Psicologia.

Técnicas derivadas de uma abordagem (p. ex., psicanálise) podem facilmente ser incorporadas por outra abordagem (p. ex., comportamental), desde que seja possível explicar esta técnica de acordo com a teoria daquela que incorpora. Em algumas situações pode até ser adequado, caso a técnica mostre-se eficaz.

Uma observação necessária é: o fato de uma determinada abordagem não utilizar-se de algum conceito de outra, não faz dela mais pobre no que diz respeito às suas explicações. Como duas abordagens diferentes partem de concepções de homem diferentes, pode ser incompactível uma usar algum conceito da outra, e muitas vezes é desnecessário que isto seja feito.


A Área de atuação, por sua vez, refere-se ao local de aplicação desta abordagem (concepção de homem + teorizações sobre seu funcionamento + técnicas). Em outras palavras, é o mesmo que perguntar "onde esse conhecimento pode ser aplicado?", ou "em que lugar esse conhecimento é válido?".
Exemplos de áreas de atuação em Psicologia são: Escolar, Organizacional, Jurídica, Clínica, Esporte, Institucional, entre outras. A princípio, pode-se dizer que todas as abordagens podem ser usadas em todas estas áreas de atuação. Algumas, no entanto, podem optar por focar seus estudos em apenas algumas áreas específicas.

Na área da educação, por exemplo, podem existir psicólogos da abordagem psicanalítica, comportamental, sócio-histórica, sistêmica, psicodramática, ou de qualquer outra. Na área Clínica, do mesmo modo, podem atuar psicólogos da abordagem comportamental, sistêmica, psicanalítica, sócio-histórica, psicodramática, ou qualquer outra. Assim por diante, em qualquer área.


Simplificando:

Quando falamos de Abordagem, perguntamos: que conhecimento você usa?

Quando falamos de área de atuação, perguntamos: onde você usa esse conhecimento?

sábado, 5 de junho de 2010

II FÓRUM DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DA FACULDADE DA CIDADE (CODAPSI)

Vem aí o melhor Fórum de Analise do Comportamento da Bahia!!!!

O II Fórum de Análise do Comportamento da Faculdade da Cidade será realizado nos dias 15 e 16 de Outubro de 2010 no Hotel Sol Barra - Porto da Barra, Salvador-BA.
Em breve daremos início as inscrições, NÃO PERCAM!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Dimensões da Personalidade


Psicólogos descobriram que dezoito mil adjetivos relacionados à características de personlidade em um dicionário da língua inglesa podem ser ligados a uma dessas cinco dimensões de personalidade:

1)Aberto a novas experiências até sem muita curiosidade.
2)Sensível ao sentimento dos outros até totalmente sem escrúpulos.
3)Extrovertido até introvertido.
4)Costuma concordar até gosta de discordar, antagonizar.
5)Exageradamente preocupado até estável, calmo.

Faça uma escala de 0 a 5 para cada "lado" de cada uma dessas dimensões sendo um zero único no meio e trace seu perfil. Depois peça a alguem próximo que faça o mesmo procedimento em outra folha marcando na escala valores, levando em conta como ele ou ela lhe percebe e compare os resultados.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Cidadania

Nunca se falou tanto sobre cidadania, em nossa sociedade, com nos últimos anos. Mas afinal, o que é cidadania?

Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, “cidadania é a qualidade ou estado do cidadão”, entende-se por cidadão “o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado, ou no desempenho de seus deveres para com este”.

No sentido etimológico da palavra, cidadão deriva da palavra civita, que em latim significa cidade, e que tem seu correlato grego na palavra politikos – aquele que habita na cidade. A história da cidadania confunde-se em muito com a história das lutas pelos direitos humanos. A cidadania esteve e está em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformam frente às dominações arrogantes, seja do próprio Estado ou de outras instituições ou pessoas que não desistem de privilégios, de opressão e de injustiças contra uma maioria desassistida e que não se consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe nega a cidadania plena cuja conquista, ainda que tardia, não será obstada.

Numa sociedade cada vez mais individualista sente-se uma urgência de repensar no termo cidadania. Perante os desafios e as problemáticas atuais impõe-se uma tentativa de resolução coletiva. É o momento de repensar qual é o nosso papel na sociedade, como de alguma forma podemos contribuir para uma mudança.
É preocupante o panorama atual, a baixa participação em associações, e o desinteresses pela vida política. Os políticos tentam se perpetuar nos seus cargos, os indivíduos a cada dia que passa torna-se silente diante de tamanho descalabro. Ser cidadão passa por ser agente de mudança, não se limitar a ser um espectador passivo da realidade que o circunda, é uma forma de encontrar uma forma de viver juntos tendo sempre presente o objetivo principal: o bem comum.

No Brasil, os primeiros esforços para a conquista e estabelecimento dos direitos humanos e da cidadania confundem-se com os movimentos patrióticos reivindicativos de liberdade para o País, a exemplo da inconfidência mineira, canudos e outros. Em seguida, as lutas pela independência, abolição e, já na república, as alternâncias democráticas, verdadeiros dilemas históricos que custaram lutas, sacrifícios, vidas humanas.
Um dos grandes problemas no Brasil, além da impunidade e a corrupção endêmica, é a má distribuição de renda, onde “muitos têm poucos e poucos têm muito”. É necessário salvaguardar não só a participação na sociedade, tomando com isso uma postura, transformando em uma filosofia de vida.

Exige uma resposta do dia-a-dia, ditada pelos valores da nossa sociedade, exige responsabilidade de cada um sendo esse interesse de todos. Não podemos esperar que estas transformações sejam feitas por outros, cada um tem de dar o seu contributo.
Na sociedade de futuro precisamos de cidadãos com mais capacidade, com mais conhecimentos para discutir e se defender. Sendo o panorama atual um mosaico cultural, para quebrar a fragmentação da sociedade devemos respeitar os valores, a cultura, a religião de cada um. Assim o multiculturalismo se tornará numa riqueza, neste sentido a redescoberta da cidadania deve permitir que cada um encontre o seu lugar, fala-se de “cidadania mundial”. Cada pessoa se torna um cidadão do mundo com deveres e direitos. Esses direitos como a igualdade, a segurança, o educação, enfim as condições mínimas de vida.
Assim a contribuição de cada um, possibilita a esperança de uma sociedade mais igualitária, onde o cidadão tem de ser consciente das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que é a coletividade, a nação, o Estado, para cujo bom funcionamento todos têm de dar sua parcela de contribuição. Somente assim se chega ao objetivo final, coletivo: a justiça em seu sentido mais amplo, ou seja, o bem comum.

‘Quanto menos nos sentirmos limitados, mais qualquer limitação parece insuportável’

(Durkheim )

Em todo o mundo, os problemas sociais produzem-se e reproduzem-se, sem término. Quando transformados em problemáticas sociais, os mesmos, ganham contornos sisudos, sérios e ameaçadores. Os cenários multiplicam-se e somam-se vivências tenebrosas, enigmáticas e ocultas a todo o corpo colectivo.

Torna-se difícil abstrairmo-nos da acção colectiva contraditória que combina alguns princípios da sua identidade: sintomaticamente depressiva – leia-se psicopática e sociopática. Se no primeiro caso, as disfunções psíquicas, neuróticas e emocionais são uma consequência da destabilização relacional intra e intergrupal, no segundo caso os desvios comportamentais e os procedimentos ilimitados de foro colectivo dão corpo à ‘anomia social’, ou seja, ao desenquadramento normativo, valorativo e simbólico, dado o não ordenamento e ajustamento dos diferentes órgãos sociais, à condição de integração social. Com efeito, a condição de existência reprova todo o actor social (aquele que vive inserido numa espécie de ‘teatralização da vida quotidiana’, pelo desempenho múltiplo de um conjunto de papéis ou funções – ‘todos nós’) que se rende à crise social e ao desmoronamento do seu papel integrador na sociedade, podendo conduzi-lo a práticas comportamentais de egoísmo, suicídio, auto-mutilação ou inquietação interior, conhecida por ‘esgotamento cerebral ou depressão neurótica’.

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Suicídiologia (SPS) suicidam-se, anualmente, cerca de 600 pessoas, em Portugal e à volta de 24000 desencadeiam pseudo-comportamentos suicidas, surgindo, neste último caso, a necessidade de atendimento médico. Afinal, ‘o que é se entende por suicídio?’. Na óptica sociológica, não é possível falar de um único tipo de suicídio, pelo que a análise, em torno deste problema público, se entende ‘multifactorial’. Diversos teóricos e analistas apontam que o suicídio pode surgir na sequência de uma oculta e exacerbada individuação, não havendo em cada um dos elementos um código normativo fixo, pelo que a autoridade moral lhes é indiferente; outros estudiosos apontam como principal causa para o suicídio o facto do indíviduo não encontrar em si mesmo qualquer tipo de limites e a sociedade não ser capaz de constituir um poder de dominação das carências individuais. No primeiro caso, falamos de ‘suicídio egoísta’, já no segundo de ‘suicídio anómico’ (Durkheim).

Por conseguinte, o risco de cada um dos indivíduos despertar em si uma ‘rebelião’ interior é cada vez mais provável, dada a complexa sintomatologia, em torno deste problema social: perturbações de humor, ansiedade, inibição, quebra no rendimento intelectual, reduzida actividade física ou intelectual e pensamentos auto-destrutivos.

Neste sentido, uma sociedade composta por um conjunto de elementos desorganizados constitui uma verdadeira ‘monstruosidade social’, devido ao predomínio de um aparelho social desactualizado e atrofiado seja na mente humana, seja em corpo social.